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Deolinda - Canção Ao Lado lyrics
Desculpem, doutos homens, estetas,
espíritos poetas, almas delicadas,
a falsidade do meu génio e
das minhas palavras
Que é a erudição que eu canto,
que é da vida, o espanto,
que é do belo, a graça,
mas eu só ambiociono a arte
[de plantar batatas.
Desculpem lá qualquer coisinha,
mas não está cá quem canta o fado.
Se era p'ra ouvir a Deolinda,
entraram no sítio errado.
Nós estamos numa casa ali ao lado.
Andamos todos uma casa ao nosso lado.
Bem sei que há trolhas escritores,
letrados estucadores e serventes poetas
e poetas que são verdadeiros pedreiros
das letras,
E cantam, em arte genuína, o pescador
humilde, a varina modesta
E tanta vedeta devia dedicar-se à pesca.
Desculpem lá qualquer coisinha
mas não está cá quem canta o fado.
Se era p'ra ouvir a Deolinda,Deolinda - Canção Ao Lado - http://motolyrics.com/deolinda/cancao-ao-lado-lyrics.html
entraram no sítio errado.
Nós estamos numa casa ali ao lado.
Andamos todos uma casa ao nosso lado.
Por não fazer o que mais gosto,
eu canto com desgosto o facto de
aqui estar
E algures sei que alguém mal disposto
ocupa o meu lugar.
Ninguém está bem com o que tem
e há sempre um que vem e que nos
vai valer;
Porém quase sempre esse alguém não
é quem deve ser.
Desculpem lá qualquer coisinha
mas não está cá quem canta o fado.
Se era p'ra ouvir a Deolinda,
entraram no sítio errado.
Nós estamos numa casa ali ao lado.
Andamos todos uma casa ao nosso lado.
E é a mudar que vos proponho;
não é um passo medonho em
negras utopias,
É tão simples como mudar de
posto na telefonia...
Proponho que troquem convosco e
acertem com a vida.