La Quinta Biography
Marcelo Quintanilha é um desses iluminados que o Brasil insiste em produzir. E, no caso dele, o celeiro do craque é sabido e populoso: São Paulo mesmo. Mais precisamente no bairro de perdizes, zona oeste da capital. Foi ali que aprendeu a gostar de música, vendo pai, mãe, avô, tio, irmã, cachorro, todos na casa tocando violão, bandolim, órgão, acordeon. Cresceu jogando bola e tocando com os amigos no Colégio Santa Cruz e ouvindo Cartola, Noel, Lupicínio, Pixinguinha, Gonzagão, Chico, Paulinho, Vinícius, Tom, Caetano e Gil. Aprendeu a gostar mais de violão do que dos outros instrumentos. Aprendeu a tocar com Ítalo Perón, Rui Saleme, César Nogueira, Ulisses Rocha. Aprendeu a gostar e a respeitar a música. E por causa desse respeito, foi aprender a cantar direito, também. Com Cida Moreira e Eliete Negreiros. Quinta agora está lançando seu terceiro CD, "Sala de Estar". O primeiro, "Metamorfosicamente", nasceu em 1995. O do meio, "Quinta", em 1998. E agora, vem o caçula, tutorado pelo selo ybmusic. A paternidade deste é dividida em grande parte com Maurício Tagliari, produtor, também músico, amante de vinhos e acordes, guitarrista do grupo paulistano Nouvelle. São na maioria canções do próprio Quinta, com exceção de "Construção" e "A Bela e a Fera". Chico Buarque, claro. Com Edu Lobo na segunda. No "Sala de Estar", é impossível não notar uma sonoridade meio anos 60. Vai ver que por isso soa tão moderno. São arranjos com toques percussivos, a partir de letras precisas e harmonias muito bem construídas, querendo parecer uma New Bossa Lounge, se é que o termo existe. Na verdade, não dá muito pra acomodar o som de Quinta numa prateleira. Ele é MPB, sem dúvida. Mas não é só isso. É um compositor mostrando seu trabalho, suas composições, e suas idéias. Boas idéias. Uma delas está no próprio nome do CD. Sala de Estar é bem o lugar onde um compositor precisa estar, à vontade, recebendo pessoas pra mostrar as idéias, as músicas, e conversar sobre elas. Um lugar para se pensar sobre, para sentir, para ser e estar. Acompanham Quinta neste trabalho o próprio Maurício Tagliari nas guitarras, violão de aço, cavaquinho e algumas percussões; e Luca Raele (também do Nouvelle) nas clarinetas, sax soprano, e em alguns Rhodes e pianos. Sim, porque Constant Papineanu, produtor do primeiro CD de Quinta também quis por a mão na massa e nas teclas do Hammond que se ouve em algumas faixas. No baixo, Quincas Moreira. Na bateria e percussão, Adriano Busco. Instrumentação e arranjos a serviço da canção, da composição. Com a sonoridade da fonte de onde Quinta mais bebeu e bebe até hoje. Sim, claro: aquela voz linda que se ouve na faixa 10, "Quando Eu Estava Só", é Vania Abreu mesmo. Ficou bonito, né? Dá vontade de ir até o céu, e perguntar qual foi o segredo que Ele usou, não dá não? Enfim: um compositor mostrando o trabalho. E um produtor mostrando o compositor.
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