Maldita Biography
Vamos direto ao assunto: o tema principal de Erich Mariani e a Maldita é o sangue. Líquido vermelho e viscoso que circula nas artérias e veias dos seres humanos vivos. Através dele, circulam em alta voltagem e velocidade, todas as pulsões que ecoam em nosso coração. O sangue é a verdadeira via dos psiconautas. A única e autêntica estrada que permite acesso irrestrito à mente humana. Mas a obsessão sanguinária da Maldita nos leva à uma experiência estética especial. A poesia de Erich Mariani insinua-se na música pop e ecoa deslumbrante de abismos sensoriais. Apoiado por músicos excelentes, donos de inúmeros recursos expressivos, o resultado é um som urgente, direto, transbordante de alma. A banda foi formada no Rio de Janeiro em meados de 2001, e batizada na época, de Malachi, personagem de um romance de Stephen King, que renderia ainda o filme “Colheita Maldita” (Children of The Corn). Iniciou sua trajetória profissional na ‘Festa do R$1,99’, evento que aconteceu na Favela da Rocinha, seguido de apresentações no CEP (Centro Experimental de Poesia), Bunker e outros picos alternativos da cena carioca.No inicio de 2003, sempre sob a liderança de Erich Mariani, houve uma reformulação no grupo, para a gravação de seu primeiro álbum, “Mortos para o Mundo” (Independente). Esse disco, produzido por Vitor Campos e Léo Osborne, no estúdio Red Floor, enfatizava os climas sobrenaturais e trazia 7 faixas, entre elas a balada “Anatomia” e o rock envenenado “Que Eu Odeio”. Esgotado, esse álbum é considerado “cult ” pelos fãs do grupo. Foi nessa época que a banda adotou o nome Maldita. Desde então vem se apresentando constantemente entre o Rio e São Paulo. Na capital paulista eles tocam regularmente no D-Edge, R.I.P, Atari entre outras casas de rock. Agora, em novembro de 2004, chegam enfim, ao álbum de estréia oficial. Intitulado, MORTOS AO AMANHECER, o CD traz 11 composições arrebatadoras. As canções “Anatomia” e “Que Eu Odeio” foram aproveitadas, com nova roupagem. O restante do repertorio foi selecionado entre diversas composições recentes.“Motel 666”, “Estrela de Fogo” e “Malachi” são exemplos da proposta da banda, levando a tensão musical ao limite do suportável. Sua música é inspirada em artistas como Marilyn Manson, Rob Zombie, Portishead, System of a Down e Eminem, além de inúmeros filmes e livros de terror filtrados pelo caos do dia-a-dia. Depois essa música é amplificada por guitarras em altos decibéis de insanidade terminal. Dissonâncias. Ecos. Aço. Gelo. Vozes. Estilhaços. Temos, então, o cabaret cirúrgico de Erich Mariani e a Maldita.“Ossos Brancos”, “Anatomia”, “Os Híbridos”, “Carne para uma Rainha”, “O Homem com o Rosto Cortado” e “Asas de Inseto”, são as outras canções impressas no disco. Nesse CD, a Maldita absorve e antecipa diversas tendências do rock internacional. Gothic, Ethereal e Darkelectro, todos pertencem e/ou estão embutidos nas idéias da banda. Quando foi dito acima que sangue é o tema principal da estética de Erich Mariani, devemos lembrar que essa palavra também designa outra coisa. Sangue: Grupo de indivíduos relacionados por descendência ou hereditariedade comum. Raça, estirpe, linhagem, família, origem, espécie, casta, tribo. As verdadeiras comunidades do rock são essencialmente tribais. São formadas por pessoas, que mesmo dispersas nos afazeres do cotidiano, reúnem-se de tempos em tempos para encontros místicos-musicais, onde procuram reinventar de forma espontânea, o espírito de união primitivo. Erich Mariani sacou isso intuitivamente e é basicamente isso que a Maldita oferece. E de fato, a tribo rock está conformada e sorridente demais.Nos seus shows, Erich nos mostra como a posição do público pop-rockburguês atual, mais confortável que nunca, tem que ser agitada não por ideologias ou surrealismos, mas por uma psicose hiper-realista contagiante. Em sua música, a Maldita convoca o inconsciente. Não ensina, não oferece conselhos e nem cura. Pelo contrário, põe em dúvida qualquer tipo de sanidade. Não pede aplausos. Exige a reação individual. São marcos limítrofes entre a decadência e a degeneração mental. A Maldita eleva a estética do rock ao estado de demência futurista, situando-se com orgulho e firmeza, num ambiente sombrio e fantástico. Nesse lugar, Erich procura novos conceitos de espetáculo e aplicação dos recursos cenográficos que ele mesmo inventa. No mundo da alta tecnologia asséptica e higiênica, da reprodução digital da realidade em infinitos universos virtuais, da inteligência artificial, das máquinas de alta precisão, dos cyborgues e dos cybercafés, dos vídeos games e dos reality shows, a Mal-dita grita por sangue, por sexo, por suor e lágrimas. MALDITA Erich: Vocais, Horrorshow, Loops, Snuff Vídeos Luis: Guitarra, Distorções Lereu: Guitarras Psicodélicas e Psicoacústicas Magrão: Baixo, Genocídio Léo: Teclados, Requiém Vidaut: Bateria, Quebra tudo [Retirado do site da Trama, onde todas as músicas do Mortos ao Amanhacer podem ser baixadas.]
Maldita Lyrics
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Maldita Albums
Title | Release | ||
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1 | Maldita |
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