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Alcyr Guimarães - Ecos lyrics
Se as cores dessas penas porventura desconheces
 Da malária e das febres com certeza 
 Nem padeces
 Quando os rios viram furos e os botos
 Se escondem
 Eu pergunto onde estavas? E teus sons
 Nem me respondem
 Minha língua é tão cabocla e minha pele é mais curtida
 Seu eu navego estirões e tu trafegas avenidas
 Lamparinas, alguidares, montarias e "gaiolas"
 Não recordam tua face nem aceitam tua esmola
 Meu estranho amigo, juro que te entendo
 Mas a minha tribo deixe que eu defendo
 Vou remando em meu remaço pois eu vivo dessas águasAlcyr Guimarães - Ecos - http://motolyrics.com/alcyr-guimaraes/ecos-lyrics.html
 Inventando cantorias desta gente e dessas mágoas
 Mergulhando com peixes que nadam em água rasa
 E a madeira que eu mato está viva em minha casa
 Minha sina é minha saga nesse canto que é forte
 Tenho a voz desconhecida pra falar da própria sorte
 Te pergunto onde andavas quando o mundo me esquecia
 Se os palmos de minha cova são léguas de fantasia
 Meu estranho amigo...
 Essas matas se descobrem e eu me cubro dessas matas
 Sou um fruto desta terra por herança ou por desgraça
 Minha luta é por querência a tantas ribanceiras nuas
 E as marés que me alagam certamente não são tuas
 Meu estranho amigo...









