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Carlos do Carmo - Fado Dos Azulejos lyrics
Azulejos da cidade,
 numa parede ou num banco,
 são ladrilhas da saudade
 vestida de azul e branco.
 Bocados da minha vida,
 todos vidrados de mágoa,
 azulejos, despedida
 dos meus olhos, rasos de água.
 À flor dum azulejo, uma menina;
 do outro, um cão que ladra e um pastor.
 Ai, moldura pequenina,
 que és a banda desenhada
 nas paredes do amor.
 Azulejos desbotados
 por quanto viram chorar.
 Azulejos tão cansadosCarlos do Carmo - Fado Dos Azulejos - http://motolyrics.com/carlos-do-carmo/fado-dos-azulejos-lyrics.html
 por quantos vira m passar.
 Podem dizer-vos que não,
 podem querer-vos maltratar:
 de dentro do coração
 ninguém vos pode arrancar.
 À flor dum azulejo, um passarinho,
 um cravo e um cavalo de brincar;
 um coração com um espinho,
 uma flor de azevinho
 e uma cor azul luar.
 À flor do azulejo, a cor do Tejo
 e um barco antigo, ainda por largar.
 Distância que já não vejo,
 e enche Lisboa de infância,
 e enche Lisboa de mar.








