Carlos do Carmo - Rosa da Noite
Vou pelas ruas da noite
com basalto de tristeza,
sem passeio que me acoite.
Rosa negra à portuguesa. É por dentro do meu peito, triste,
que o silêncio se insinua, agreste.
Noite, noite que despiste
na ternura que me deste. Um cão abandonado,
uma mulher sozinha.
Num caixote entornado
a mágoa que é só minha. Levo aos ombros as esquinas,
trago varandas no peito,
e as pedras pequeninas
são a cama onde me deito. És azul claro de dia,Carlos do Carmo - Rosa da Noite - http://motolyrics.com/carlos-do-carmo/rosa-da-noite-lyrics-english-translation.html
e azul escuro de noite,
Lisboa sem alegria,
cada estrela é um açoite. A queixa duma gata,
o grito duma porta.
No Tejo uma fragata
que me parece morta. Morro aos bocados por ti,
cidade do meu tormento.
Nasci e cresci aqui,
sou amigo do teu vento. Por isso digo: Lisboa, amiga,
cada rua é uma veia tensa,
por onde corre a cantiga
da minha voz que é imensa.
Carlos do Carmo - Night Rose (English translation)
I go throught the streets of the night
with a basalt of sorrow,
without a stroll to shelter/console me.
Black rose in the portuguese way
It is within my heart, sad,
that silence insinuates itself, wildly.
Night, oh night which you denuded (You=Lisbon)
by the tenderness that you gave me it
An abandoned dog,
a woman, alone.
In a spilled box,
the sorrow that is only mine remains.
I carry corners of streets in my shouders,
In my chest, I bring balconies of houses,
and the pebbles of the streets
are the bed where I lie.
You are light blue when it's day,Carlos do Carmo - Rosa da Noite - http://motolyrics.com/carlos-do-carmo/rosa-da-noite-lyrics-english-translation.html
and dark blue at night,
Lisbon without joy,
each star is a scourge.
The complaint of a cat,
the cry of a door.
Above the Tejo, a frigate
which seems dead to me.
I die little by little for you,
oh city of my torment.
I was born and raised here,
I am a friend of your wind.
That's why I say: Lisbon, oh friend,
each street is a tense vein,
where flows the tune of
my immense voice