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Cida Moreira - Furacão lyrics
Grande tiroteio mortos na boite
 E uma tal de Valentina viu do palco a cena
 O balconista numa poça de sangue
 Gritou: Oh! Meus Deus, mas que grande chacina
 Essa é a história do Furacão
 Que a justiça errou na decisão
 Por algo que ele nunca fez
 E na prisão espera a vez de ser um grande campeão
 E no meio desta noite lá pros lados do mercado
 Ruy Pancada circulava com dois caras da pesada
 Ele uma promessa de ser grande boxeur
 Não tinha idéia da grande merda que estava pra pintar
 Quando um tira fez sinal pra encostar
 Como é comum e comum sempre será
 Naquela zona as coisas são assim
 Se você é negro é melhor não se mostrar saindo por aí
 Muito menos discutir
 Alfredo Belo tinha um sócio com uma ficha premiada
 Ele e Aldo "Dedos" Barros estavam lá se divertindo
 Eu vi três caras correndo
 Os três de estatura mediana
 Pularam pra dentro de um carro cupê do tipo bacana
 Pra Valentina foi assim que ocorreu
 Disse o tira: "Dá um tempo. Esse aqui não morreu!"
 Então levaram o cara pro hospital
 E apesar de estar na reta final
 Fizeram ele jurar que do culpado ele ia se lembrar
 No meio da noite trouxeram o Ruy
 Adentro pelo hospital
 Subindo degrau por degrau
 E o cara ferido olhou pelo olho que sobrou
 E disse: "Quem é esse daí? Não foi ele quem matou!"
 Essa é a história do Furacão
 Que a justiça errou na decisão
 Por algo que ele nunca fez
 E na prisão espera a vez de ser um grande campeãoCida Moreira - Furacão - http://motolyrics.com/cida-moreira/furacao-lyrics.html
 O tempo fez o subúrbio ferver
 O Ruy foi viajar
 Seu boxer defender
 Enquanto o Aldo "Dedos" Barros continuava roubando
 E os tiras caçando alguém pra culpar
 Lembra do crime que pintou no bar
 Lembra que você viu aquele carro escapar
 Você tá pensando que vai nos enrolar
 Veja bem eu vou lhe ser franco
 Lembra que você é um branco
 Depois que "Dedos" Barros disse "Não estou muito certo"
 O tira disse "OK"!!! Rapaz esperto
 Vamos atrás do outro o tal do Alfredo Belo
 Se ele não quiser voltar pra cana ele vai soltar o lero, é claro
 Vocês estão fazendo um bem pra sociedade
 Aquele escroto continua em liberdade
 Eu quero ver ele de molho
 Com dois mil anos de pena... pra descontar
 Não vamos vacilar
 Armaram uma cilda pensando em cada lance
 Montaram um grande circo e o juri não deu chance
 Um juiz tão respeitável não deixou que Ruy falasse
 Pros brancos e jurados era um sujo subversivo
 Desse jeito se destrói uma vida
 Nas mãos de quem só alimenta a ferida
 Levar a vida por um triz
 E ser comido pelo fogo
 Vivendo num país aonde a vida é um mero jogo
 E os criminosos de terno e gravata
 Curtindo a boa vida de boca na mamata
 Deixaram um inocente apodrecer na cela
 E o frio trazer a noite que gela
 Essa é a história do Furacão
 Que a justiça errou na decisão
 Por algo que ele nunca fez
 E na prisão espera a vez de ser um grande campeão








